terça-feira, 25 de maio de 2010

SOLO












Gritei-te da janela do meu quarto, mas o meu grito desfez-se em pó
Corri atrás de uma luz, mas o vazio ficou escuro
Chorei a tua perda, mas as minhas lágrimas secaram

Enterrei-te junto da minha cama, e cresceram lírios brancos
Beijei-te por todo o corpo, enquanto me crescia saliva
Agarrei-te no sexo, e sussurras-te o meu nome

Desenhei-te por toda a minha casa, e restam agora espaços vazios, ângulos mortos
Extrai-te todo o sumo, e acabei por não o beber...

Arrancaste-me a alma e partiste!